Eu era assim e confesso que algumas coisas não mudaram.
Talvez meu cabelo tenha esticado e minhas bochechas diminuído .
Meu sorriso meio bobo continua o mesmo.
Eu ainda tenho uma covinha do lado direito do rosto que poucos percebem.
Não cresci muito mas meus desejos e minha determinação me fizeram grande.
Meus pais e meus irmãos ainda me chamam de Teté.
Agora eu tenho o meu próprio quarto mas confesso que sinto saudades das bobeiras que eram trocadas antes de dormir.
Espero que meu anjo da guarda não tenha desistido de mim.
Não tenho medo de ficar sozinha mas ainda me assusto com fogos de artifício.
Homeopatia continua sendo os meus remédios.
Eu ainda escuto Trem da Alegria e Balão Mágico e acredito em bruxas e fadas e nao choro mais para ir a escola.
Não uso cartolina pra fazer trabalho.
Troquei o som calmo do Hanson pelo som pesado do Nightwish.
Hoje eu falo o que eu penso. Não gosto de chorar em público.
Nos meus textos eu ainda falo de amor.
Minha ansiedade domina geral.
Eu desisti da veterinária, finjo ser uma boa estudante de jornalismo e ainda sonho em dar aulas.
Olimpio Noronha ainda é meu refúgio.
Eu ainda quero um namorado' louco', que case comigo e permita que meus filhos usem papet com meia preta e uma bermuda!
Minha imaginação tá mais foda do que nunca.
Catarina Ribeiro